28 novembro 2005

Brotar


"A semente ensina a não se conter em si mesmo"
Encontrei essa frase aí pela net em minhas infindáveis buscas por nada... Não sei de quem é (desculpe, autor!)
Achei simplesmente fantástica. Ela fala de crescimento, de mudança, transformação, aproveitamento do que o ambiente nos dá como recurso para mudar. Algumas pessoas se identificam tanto com a imagem inicial da semente que nunca buscam ser mais, ser árvore!
Eu quero ser árvore... frondosa, cheia de frutos, folhas, flores. Ser semente é só o início de tudo.
Todo mundo vira árvore? Acho que não. Tudo mundo é *uma semente que busca a auto-realização - virar árvore*? Também acho que não... Assim como algumas pessoas já se consideram árvore quando ainda nem brotaram...
Aí acabo de ressignificar aquela velha frase (que eu vivo dizendo, aliás): *eu vou ficar pra semente*. Se ficar pra semente era viver muuuuuuito (o que eu realmente quero!), agora é mais do que isso: é viver muito e em transformação, crescendo, criando, gerando vida, alegria...

20 novembro 2005

Fantasmas

Quando se ama muito uma pessoa é natural o medo de perdê-la, certo? E também é natural o medo de não ser tão espetacular como a última pessoa que seu amado amou, mesmo que você saiba por algumas fontes que essa pessoa não era tão espetacular assim. O fato é que fantasmas nos assombram mesmo quando sabemos, racionalmente, que não há motivos para assombro. E aí o que irrita é a maneira como nos prendemos a sentimentos ruins, havendo muitos motivos para só vivenciarmos coisas boas.
Eu, que nunca fui mística, pensei em tomar um banho de mar para lavar minha alma e afastar de mim esses sentimentos ruins, essa sensação de estar sendo *acompanhada* (mal acompanhada, diga-se de passagem). O mar está meio longe (mesmo estando muito mais perto do que jamais esteve), então tomei hoje um banho de chuva. Revigorante! Não quero mais pensar em nada, ter medo de nada. Quero exorcizar esses fantasmas e viver melhor. Ouvi outro dia, e concordo, que 2005 foi um ano de muitos fantasmas. Pois digo que 2006 será diferente. Os fantasmas estarão bem longe, e viveremos em paz, só entre os *vivos*.

07 novembro 2005

Quase

Encontrei esse texto pela internet. É simplesmente perfeito, e a minha cara! Quem me conhece sabe.
Beijos...

O QUASE


Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...
Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Luís Fernando Veríssimo

06 novembro 2005

Respeito

Às vezes somos mal entendidos por olharmos sem preconceitos para comportamentos recriminados pela maioria das pessoas, mesmo que nós mesmos não apresentemos esses comportamentos.
Se não me importo com casais homossexuais (e até gostaria que eles pudessem assumir livremente sua orientação sexual) corro o risco de ser taxada como homossexual também, mesmo que essa não seja a minha orientação!
Se acho natural que uma mulher jovem e solteira saia, conheça outras pessoas e beije na boca sou mal entendida!
Acho que as pessoas estão confundindo respeito com identificação...
O que você acha?
Ah! É bom deixar claro que a discussão que deu origem a esse post já está devidamente resolvida! Peace!