29 novembro 2007

Luxo





Tive acesso na última semana a duas matérias sobre o luxo. Uma, na revista Vida Simples. Outra, na revista Season.

A Vida Simples é uma revista da editora Abril, que tem o propósito bem esclarecido pelo título. Suas matérias falam sobre bem estar, relacionamentos, coisas boas (e simples) da vida. A minha cara (quem me conhece, sabe)!

A Season é uma revista bonita, editada pela Voice Design (acabo de descobrir), e aparentemente bancada pelos shoppings chiques de Belo Horizonte. Todos aqueles nos quais entro uma vez por ano - no máximo.

Imagino que vocês já consigam imaginar o foco de cada matéria sobre o assunto Luxo, não é?

Enquanto na Vida Simples o luxo é caracterizado como algo único, exclusivo - e isso definitivamente não precisa envolver cifras - na Season as sensações e os momentos únicos só são cogitados como "artigos de luxo" na última frase do texto... No restante, só se fala sobre carros milionários, relógios caríssimos, jóias, mansões...

Aff!

Percebo em todos os aspectos da minha vida a necessidade de ter luxos simples. Porque eles envolvem sensações - e sensações, apesar de fugazes, não são perecíveis; porque são possíveis em qualquer circunstância ou situação financeira; porque seus efeitos são amplos; porque preciso aprender para então ensinar aos meus clientes; porque é mais coerente com o tipo de vida que gosto de levar e com as coisas nas quais acredito (desde abordagem psicológica até religiosidade).

De vez em quando me permito alguns luxos, por exemplo:

  • Ficar um pouco mais na cama, só pra fazer carinho na Nina
  • Brincar de mamãe e filhinha com a Clara
  • Comprar um livro novo, sentir seu cheiro, apreciar suas letras, ilustrações
  • Comer damascos secos, ou melancia com mel
  • Fazer spinning
  • Dormir no domingo à tarde
  • Ver minha amiga toda semana, mesmo muito cansada e precisando estudar, ou meus amigos de vez em quando
  • Fazer as unhas no salão, curtindo a sensação de ser cuidada
  • Alugar um filme bem meloso
  • Ir ao cinema sozinha!!!
  • Tomar uma cerveja bem gelada
  • Ir a uma exposição de arte, ou museu
  • Ver e fotografar flores
  • Blogar
  • Receber cafuné da minha mãe

E aí? Quais são os seus luxos?

26 novembro 2007

Publicidade




Outro dia sonhei que estava em um ônibus urbano, lavando peças íntimas minhas. Bizarro, né?

Quando acordei essa foi a única coisa que pensei: que bizarro! De onde surgiu essa imagem?

Quem, na realidade, se submete a lavar peças íntimas num ambiente onde pessoas desconhecidas vão e vêm, entram, saem, sem ter a menor relação umas com as outras???

Eu.

E é por isso que resolvi que algumas coisas não vou publicar aqui, por mais umbigocêntrico que seja este blog. De repente, falar de coisas muito íntimas por aqui se tornou absurdo pra mim.

Peço desculpas a quem eu possa ter exposto por aqui também. Por incrível que pareça, eu nunca pensei que isso pudesse ser ofensivo.

25 novembro 2007

Verborragia



Olhos surpreendentemente abertos
Sensibilidade borbulhante
Coração inquieto
Pensamentos agitados - mas nem aqui e nem lá
Dedos tamborilantes
Ansiedade?
Ou serão as palavras, aflitas por um lugar no antigo caderno?
No mundo!
Desejosas por liberdade...

22 novembro 2007

Feliz ano novo



Começa agora um novo tempo. Um tempo de novidades, de amadurecimento, de crescimento, de olhares diferentes para o mundo, para si mesmos.

Feliz ano novo!

12 novembro 2007

Vinícius



Passeando pela net, de blog em blog, site em site, comecei a pensar em minha paixão pelas palavras e em como gostaria de aprimorar minha escrita. Uma oficina, quem sabe?
Encontrei o site Escritório de Histórias, que traz uns links interessantes. Um deles é o link para o site de Vinícius de Moraes, que apresenta toda a obra do poetinha e ainda nos dá a possibilidade de criar nossas próprias antologias de sua obra!
Lembrei que há alguns anos (três?), ainda lá em Belém e postando no Caçador de Mim (meu antigo blog), descobri e comentei sobre esse site do Vinícius. Resolvi tentar um possível login e senha...
Encontrei minha antologia!!! Nela, vários poemas lindos. Um em especial, que resolvo (re)postar aqui, por tudo o que significa agora em minha vida.

Deleitem-se, como eu!


Antiode à tristeza

Ó enfermeira sem som do olhar sem cor
Que refletida ao último infinito
Pela lúcida insânia dos espelhos
Passeias pelo imenso corredor
Desta antiga Irmandade! Ó sonolenta
Irmã-sem-Caridade, que vagueias
Com tuas leves sandálias de silêncio
Cuidando com desvelo da saudade
E dos males de amor de cada enfermo!
Ó guardiã do ermo, provedora
De langor, que pelo imenso corredor
Deste hospital sem termo, te comprazes
Em deitar éter sobre o sofrimento
Dos que querem viver, e dar morfina
Aos que morrem de amor! Ó freira louca
Irmã-sem-Fé, a desfiar, ausente
Teu rosário sem fim de contas ocas!
Ó trânsfuga da vida, esmaecida
Monja: o que queres mais de mim?
Já não te dei meus dias, minhas noites
E até minhas auroras, não te dei?
Já te mandei embora? Não fui sempre
Teu melhor paciente, e o mais antigo?
Não fui amigo teu, mesmo doente
De ti, não fui, Madre desoladora?
Pois agora te digo: vai-te embora!
Afasta-te de mim! não mais te quero
Irmã-sem-Esperança, confessora
Sem perdão, de quem mais nada espero
Senão vazio e angústia. Irmã-sem-Dor
Com teu rosário e teu burel de cinzas
A empoeirar de tédio as minhas horas.
Vai predicar além, predicadora
Da voz ausente, vai! que se me voltas
Eu grito nomes feios, eu te espanco
Ou te enforco em teu terço de mil voltas
Ou caio na risada, ou te exorcizo
Com um gigantesco crucifixo branco
Onde, transverberando luz do flanco
Resplende o corpo nu da minha amada!

in "Para viver um grande amor (crônicas e poemas)"in "Poesia completa e prosa: "A lua de Montevidéu" "

07 novembro 2007

Arrumação



"Eu ontem joguei tanta coisa fora!
Vi o meu passado passar por mim..." (Herbert Vianna)

Ontem arrumei minhas gavetas. Organizei minhas contas, meus documentos, coloquei cada coisa em seu devido lugar: numa gaveta, objetos que me protegem e fazem bem (remédios, terços, patuás, a carteirinha da academia que não freqüento); na do meio, coisas que me fazem bela (maquiagem, material de manicure, espelho); na da direita, coisas que me ajudam a produzir (canetas, lápis, apontador, cds de dados, clipes, bloquinhos, adesivos e meu carimbo de sapinho). Nas gavetas maiores, trabalho x diversão: de um lado textos técnicos, do outro revista Cláudia e Boa Forma.

Nas gavetas abaixo da cama coloquei a pasta de documentos, finalmente organizada. Joguei fora papéis velhos, inúteis, caixas que amontoavam meu guarda-roupa.

Coloquei minhas bijuterias em caixas maiores e mais bonitas, meus badulaques de cabelo numa caixinha especial que ainda vou decorar com minhas colagens e pinturas (não sei quando!).

Interessante observar como eu guardava coisas que absolutamente não me servem, e que estavam lá simplesmente porque eu nunca havia decidido jogá-las fora. Por outro lado, alguns objetos ainda têm sua função, e não vão ser dispensados tão cedo...

Quem entra no meu quarto quase não vê diferença. Por fora ele é o mesmo. Inclusive ainda há bagunça em cima da mesa. Feliz ou infelizmente, ainda não tenho espaço suficiente para guardar meus livros sem que o quarto fique bagunçado.

No entanto por dentro há uma sensível diferença.

Sempre ouvi dizer que organizar os objetos é uma boa oportunidade para organizar a própria vida. E sei que estava protelando essa organização (ou essas) há um bom tempo. Desfazer de energias acumuladas, desatravancar a vida, separar o joio do trigo, o que fica e o que vai, determinar como fica o que fica.

Momento interessante este, da minha vida...

03 novembro 2007

Recriação


"Quando se sentir liberado, descanse e brinque. Você precisa de 'recriação' todos os dias".

Tirei essa frase do livro Terapia da aceitação, que inclusive já citei aqui. Ela é super apropriada para o momento em que estou vivendo. Estou de férias! É hora de descansar, brincar e me recriar. Momento de pontuar alguns aspectos da minha vida. Tirar as reticências e colocar pontos finais (.) ou dois pontos (:). No trabalho, hora de colocar ponto e vírgula (;) e dar uma pausa, merecida e necessária.

Planos para as férias (sou uma mulher de planos, lembrem-se!):

- Acordar quando o sono acabar
- Dormir quando o sono vier
- Comer quando der fome, só o suficiente para fazê-la ir embora
- Estudar (não posso me desvencilhar desse...)
- Viajar
- Rever amigos
- Rever um amor
- Resolver o que fazer com ele
- Chorar ou sorrir, o que tiver que ser
- Ver o pôr-do-sol no rio e no mar
- Mandar embora com a água tudo de ruim
- Conversar com Nossa Senhora de Nazaré, lá na "casa" dela
- Me renovar

É quase um reveillón... Adeus 2007!

Imagem tirada deste blog