27 junho 2010



Fim de semana perfeito.
Nunca me arrependo de ser intensa, de mergulhar inteira nas situações.
Pode até doer depois, mas a sensação do agora é insuperável...
É tão premente minha necessidade de ser intensa que nem fotografias eu tiro: quero vivenciar tudo. Minhas fotografias são impressas na retina, na pele, na história. Slide show que prescinde equipamentos modernos.
E se a Gabi me perguntasse qual a frase que me guia, eu certamente diria: Carpe Diem!

Imagem: Flickr. Vale a pena ir lá ver, inclusive por conta da citação perfeita de Clarice Lispector.

22 junho 2010

Assim como ver o mar


Almoço sozinha com muita frequência. Nem sempre eu gosto - a solidão como companheira fixa não tem muita graça - e acabo prestando atenção nas conversas das mesas próximas para ter companhia. Aprendo muito!
Hoje ouvi numa mesa ao lado um rapaz comentando com os colegas sobre a escassez de momentos realmente felizes na vida que levamos atualmente. Ele dizia que alguns dos momentos de felicidade marcante em sua vida ocorreram na infância, apesar do dinheiro que ele tem hoje para desfrutar de muitas coisas aparentemente prazerosas, e citou, com brilho nos olhos e um belo sorriso nos lábios (sim, eu olhei pra ver com que carinha ele descrevia a situação), a primeira vez que viu o mar.
Comecei logo a vasculhar minhas memórias buscando momentos de felicidade intensa e marcante. Vou citar algumas aqui - a lista não é exaustiva, nem deve ser, já que vivi muitos momentos felizes e quero viver outros mais:

  • O momento em que soube da aprovação no exame de direção (melhor que passar no vestibular!)
  • Minha entrada, com meus colegas, no auditório do Sesi Minas, no dia de nossa cerimônia de colação de grau, ao som de Say a little prayer for you (nunca senti tanto frio na barriga, e nunca meus pelos se arrepiaram tanto!)
  • Meu baile de formatura (uma noite inteira de felicidade)
  • Quando deduzi que mamãe estava grávida e que teríamos um irmãozinho (o Gui)
  • Quando soube que seria tia da Clara (se o amor de tia foi imediato, imagine como será o de mãe?)
  • Indo de Maria Fumaça de São João Del Rey a Tiradentes e sentindo-me, enfim, em casa novamente, plena
Acho que outros momentos estiveram envolvidos também em medo, receio, ansiedade, alívio... por isso não quis colocar aqui.

Você consegue identificar um momento de felicidade intensa em sua vida?
Imagem: Arquivo pessoal. Agradecendo por momentos de felicidade.

15 junho 2010

Parindo

Nos últimos 12 meses recebi várias notícias de amigas, contando (a maioria muito felizes) que estavam grávidas. Fiquei muito feliz por todas elas (e já amo cada bebê, até os que a vida corrida ainda não me permitiu conhecer e os que ainda não nasceram!), mas não posso negar que senti uma pontadinha no cotovelo... Tenho muita vontade de ser mãe, desde sempre, e não foi muito agradável ver minha vida seguindo um caminho que distanciava a realização desse desejo ao mesmo tempo que o relógio começava a fazer seu tic-tac menos discretamente.
Difícil ouvir as conversas de grávidas, com as inúmeras descrições de enjoos e mal-estares e descobertas mirabolantes sobre tudo, quando eu ainda tentava descobrir se minha relação iria se firmar - ou não.
O fato é que a realização desse desejo continua distante - talvez até mais agora - e achei melhor colocar um travesseiro em cima do relógio, pra ver se abafa o barulhinho irritante que ele faz, marcando o tempo implacavelmente.
Mas a partir do post da Drica fiquei pensando na nossa vida (ela, que vivia situação semelhante à minha e também não estava grávida) e cheguei à conclusão que embora não houvesse nada em nossos úteros, também estávamos gerando uma nova vida: a nossa.
A gestação foi difícil, exigiu repouso, cuidados, o parto foi delicado. Mas como é linda essa nova vida! Como é preciosa, e como é bom cuidar dela...