Um poema a instigara a conhecer mais sobre aquele amor.
Amor não realizado.
Também pudera: as condições que o propiciaram não poderiam ser chamadas de "puras".
Acompanhara a história, imaginando os detalhes do momento em que finalmente o mocinho e a mocinha se entregariam com todo o coração (e alma, e vida).
No entanto a cena nunca aconteceu. Não daquela maneira que a moça esperava.
E a moça, tão romântica, acostumada a finais felizes após árduas batalhas e obstáculos freqüentes, ficou pensando que não havia justiça naquilo.
Estava convencida de que ao menos na ficção as pessoas haveriam de ser boas, simples, transparentes, felizes. Os amores haveriam de ser verdadeiros e duradouros.
A vida, pensou, já é natural demais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário