A borracha, utilizada para apagar registros a lápis, derrete com o calor que faz na cidade-sertão.
A mulher imagina que seu cérebro esteja derretendo também.
E se pergunta sobre o que acontecerão com seus registros, aqueles feitos não a lápis, mas a suor, a lágrimas, a sorrisos, a taquicardias, a suspiros.
Bebe um chá gelado para refrescar e volta a seus escritos e desescritos.
Melhor não pensar em nada agora.
Vívian Marchezini Cunha - 04/11/2008
Imagem: Mauro Andriole
2 comentários:
Vivi,
Realmente não sei como cheguei até aqui, mas achei muito bonito seu blog. E a música dá a ambientação perfeita. Estas sõ também palavras ao vento. cfhuuuuu....
Abraço.
Gustavo
Melhor que não pensar no está registrado é fazer poesia do que se sente. Contra a persistência da memória, só mesmo a inteligência!
PERFEITO.
Bons chás.
Carmen
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