01 março 2009

Sêneca



"Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente? Nisso, pois, falhamos: pensamos que a morte é coisa do futuro, mas parte dela já é coisa do passado. Qualquer tempo que já passou pertence à morte.

Então, caro Lucílio, procura fazer aquilo que me escreves: aproveita todas as horas; serás menos dependente do amanhã se te lançares ao presente. Enquanto adiamos, a vida se vai. Todas as coisas, Lucílio, nos são alheias; só o tempo é nosso. A natureza deu-nos posse de uma única coisa fugaz e escorregadia, da qual qualquer um que queira pode nos privar. E é tanta a estupidez dos mortais que, por coisas insignificantes e desprezíveis, as quais certamente se podem recuperar, concordam em contrair dívidas de bom grado, mas ninguém pensa que alguém lhe deva algo ao tomar o seu tempo, quando, na verdade, ele é único, e mesmo aquele que reconhece que o recebeu não pode devolver esse tempo de quem tirou."

Da economia do tempo - Em: Sêneca, Aprendendo a viver
Imagem: Flickr

2 comentários:

Anna Passarelli disse...

Vivi, seu post casa bem com o momento que tenho vivido. tentando aprender a aproveitar melhor o tempo. percebendo como é o nosso bem mais valioso, realmente.
Adorei!!
beijos

Ana Silva disse...

Vivian,
É tão bom ter tempo p/ te "visitar" e jogar palavras ao vento,no tempo. "E o tempo se reói com inveja de mim(...)no fundo é uma eterna criança, que não soube amadurecer" Nana Caimy.
Bjs,
Ana