15 junho 2010

Parindo

Nos últimos 12 meses recebi várias notícias de amigas, contando (a maioria muito felizes) que estavam grávidas. Fiquei muito feliz por todas elas (e já amo cada bebê, até os que a vida corrida ainda não me permitiu conhecer e os que ainda não nasceram!), mas não posso negar que senti uma pontadinha no cotovelo... Tenho muita vontade de ser mãe, desde sempre, e não foi muito agradável ver minha vida seguindo um caminho que distanciava a realização desse desejo ao mesmo tempo que o relógio começava a fazer seu tic-tac menos discretamente.
Difícil ouvir as conversas de grávidas, com as inúmeras descrições de enjoos e mal-estares e descobertas mirabolantes sobre tudo, quando eu ainda tentava descobrir se minha relação iria se firmar - ou não.
O fato é que a realização desse desejo continua distante - talvez até mais agora - e achei melhor colocar um travesseiro em cima do relógio, pra ver se abafa o barulhinho irritante que ele faz, marcando o tempo implacavelmente.
Mas a partir do post da Drica fiquei pensando na nossa vida (ela, que vivia situação semelhante à minha e também não estava grávida) e cheguei à conclusão que embora não houvesse nada em nossos úteros, também estávamos gerando uma nova vida: a nossa.
A gestação foi difícil, exigiu repouso, cuidados, o parto foi delicado. Mas como é linda essa nova vida! Como é preciosa, e como é bom cuidar dela...

7 comentários:

Drica disse...

Meu post inspirando um outro...fiquei tão feliz amida!
Realmente estamos (re)nascendo e cada dia tem sido uma descoberta.
bjs

Graziela Marchezini disse...

ffffffffffffffff hahahaha soprei hahaha

Aqui, tá tão tristezinho seu blog... olha só o design do meu! Uhuuuu!

Anônimo disse...

Anos 80 na veia!!

Dá uma olhada no palhaço tristonho lá no meu Blog ressuscitado.rsrsr

Beijão.

Ana.

Simplesmente Ana! disse...

Quanta inspiração!

"Parir uma locomotiva a vapor".

Quem nos dera poder parir, além de outros seres, o que quiséssemos.

Até

Ana.

Vivi disse...

Oi, Ana!
Acho que, metaforicamente, a gente pode parir o que quiser, não pode?
Põe aqui o link pro seu blog... não consegui encontrar o endereço.
Um beijo!

Vivi disse...

Consegui, sim!!! Fazia tanto tempo que eu não ia lá no Escrever...
Muita saudade de você, viu, Ana!

Pois então... não acha que a gente pode parir o que quiser?

Beijos!

Fabiano Loureiro disse...

Muito bom!!
Colocar-se no ciclo da vida. Morrer a cada inspiração e renascer na próxima respiração. Assim como é no Micro é no Macro. Física isso né... Leis imutavéis.
Hermes Trimegisto