04 novembro 2008

Quente



A borracha, utilizada para apagar registros a lápis, derrete com o calor que faz na cidade-sertão.
A mulher imagina que seu cérebro esteja derretendo também.
E se pergunta sobre o que acontecerão com seus registros, aqueles feitos não a lápis, mas a suor, a lágrimas, a sorrisos, a taquicardias, a suspiros.
Bebe um chá gelado para refrescar e volta a seus escritos e desescritos.
Melhor não pensar em nada agora.
Vívian Marchezini Cunha - 04/11/2008

2 comentários:

Gustavo disse...

Vivi,

Realmente não sei como cheguei até aqui, mas achei muito bonito seu blog. E a música dá a ambientação perfeita. Estas sõ também palavras ao vento. cfhuuuuu....

Abraço.

Gustavo

Carmen disse...

Melhor que não pensar no está registrado é fazer poesia do que se sente. Contra a persistência da memória, só mesmo a inteligência!

PERFEITO.

Bons chás.
Carmen