30 janeiro 2012

Saudade

"Longe" - Arquivo pessoal

Hoje é Dia da Saudade. 
Parei para pensar nas Saudades que sinto e nas que senti. 
A Saudade, esse sentimento que já foi para mim como uma chaga aberta, doendo dia e noite e sem data para terminar (era essa a causa da dor), agora é vivida de maneira bem diferente. Minhas Saudades agora são brandas, boas, gostosas de se sentir. Saudade do que foi bom, de pessoas que amo e que podem, sim, ter um lugar distante (fisicamente) em minha vida. 
Difícil é a Saudade daquele cujo calor te tira do frio do dia-a-dia, cujo olhar te faz sentir que a vida vale a pena, cujo abraço te faz ter certeza de que encontrou seu lugar no mundo, cujo beijo faz com que seu coração bata num compasso diferente. Saudade que aperta o peito, que tira o fôlego, que apaga os olhos. Saudade que arranca os cabelos, que rói as unhas, que entorpece.  Saudade que mata um pouco a cada momento que se passa longe, a cada vivência não compartilhada, a cada despedida. Saudade que te faz pensar que será marcada para sempre pela dor da ausência.
Essa Saudade não sinto mais. Não hoje, não atualmente. 
Nada me garante que não voltarei a sentir - parei de tentar controlar meus sentimentos. Mas minha escolha agora é pelas Saudades frágeis, facilmente aniquiláveis por um telefonema, uns minutos no trânsito, "um pulinho aí só pra te ver uns instantes".
Se vou conseguir? Não sei. Mas não saber também já não é um problema tão grande assim...

2 comentários:

Graziela Marchezini disse...

Saudade é uma coisa que não se domina, quando vc acha q ela foi embora... olha ela aí de novo! E, qualquer coisa é motivo pra lembrar, pra reativar a presença daquele sentimento de ausência. Ruim.

Graziela Marchezini disse...

Bom dia, vamos reativar esses blogs que estão sedentos por aspirantes a escritoras Marchezinianas com sangue Cunha.

http://marchezini.blogspot.com.br/?zx=f494dc54265044a8