20 novembro 2005

Fantasmas

Quando se ama muito uma pessoa é natural o medo de perdê-la, certo? E também é natural o medo de não ser tão espetacular como a última pessoa que seu amado amou, mesmo que você saiba por algumas fontes que essa pessoa não era tão espetacular assim. O fato é que fantasmas nos assombram mesmo quando sabemos, racionalmente, que não há motivos para assombro. E aí o que irrita é a maneira como nos prendemos a sentimentos ruins, havendo muitos motivos para só vivenciarmos coisas boas.
Eu, que nunca fui mística, pensei em tomar um banho de mar para lavar minha alma e afastar de mim esses sentimentos ruins, essa sensação de estar sendo *acompanhada* (mal acompanhada, diga-se de passagem). O mar está meio longe (mesmo estando muito mais perto do que jamais esteve), então tomei hoje um banho de chuva. Revigorante! Não quero mais pensar em nada, ter medo de nada. Quero exorcizar esses fantasmas e viver melhor. Ouvi outro dia, e concordo, que 2005 foi um ano de muitos fantasmas. Pois digo que 2006 será diferente. Os fantasmas estarão bem longe, e viveremos em paz, só entre os *vivos*.

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