Imagem de Diego Gazola, retirado do site Descubra Minas
É interessante quando a gente pára pra pensar sobre a noção de lar. Diferentemente de casa, o lar não é físico, não é concreto, não é localizável. O lar é absolutamente da ordem das relações: relações consigo mesmo, com outras pessoas e com o ambiente físico.
Pra mim, falar de um lar é falar de relações harmônicas, de paz, de bem estar, de reconhecer cada canto da casa como seu, de reconhecer cada instante da vida como fazendo parte efetivamente da sua vida.
Já mudei de casa várias vezes. Em algumas circunstâncias muito boas, em outras muito ruins. Hoje voltei para aquela que já foi meu lar um dia (num passado bem remoto...). E é estranho perceber que apesar de um certo esforço - meu e dos outros - aqui já não é meu lar. Já não me reconheço nos cantos da casa, na história recente e não me vejo no futuro.
Sei que isso é algo com que preciso lidar por um tempo, até que eu tenha condições de construir o meu lar de novo. Sei também que essa sensação de "sem-lar" já me incomodou muito mais. E sei que é necessária constante conscientização de que meu lar sou eu, ou começa em mim.
Talvez a construção de um lar - dessa sensação de conforto, de adequação - seja mesmo tão demorada e exija tanta atenção e paciência quanto a construção de uma casa... E eu que sempre quis comprar uma casa toda pronta e decorada, pra não ter que lidar com as chatices de uma construção!
6 comentários:
Engraçado, né?!
O tempo passou e ainda restaram coisas parecidas, mas que só se descobre mais velhas...
Odeio construções exatamente pela chatice da obra. E odeio ir para lugares que não encontro o meu lar nele...
Talvez porque não encontre um traço de mim nesse lugar...
Ai... Ai... Saudade de você
Kaori! Como é bom perceber que ainda temos afinidades, né? E que podemos *construir* mais!
Vivi
Bem vinda novamente a blogsfera. Estava sumida.
Bjs.
Vivinha, engraçado que eu estava pensando em como vivi... E percebi a harmonia de você: vivi... Vivinha que sempre viveu!!! Vivi intesamente, vivi no meu coração.
Eita vida de adultos que não nos deixar encontrar e reviver...
Marco Aurélio! Voltei! Não com a freqüência que gostaria, mas tô na área! Que bom que você veio por aqui!
Kaori! Amiga querida, fazendo poesia com meu nome! A gente vai se encontrar, não se preocupe! Como era bom quando a gente ligava uma pra outra e dizia: vamos brincar? tô indo pra aí! E simplesmente se via!
Beijos a todos...
Ah, se era bom! E eu me lembro que a primeira vez que tomei sidra foi na sua casa, e sinceramente, mesmo depois de grande, de aprender que vinho bom é seco (blerg) eu continuo gostando de sidra, mesmo! Hahahaah
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