07 novembro 2007

Arrumação



"Eu ontem joguei tanta coisa fora!
Vi o meu passado passar por mim..." (Herbert Vianna)

Ontem arrumei minhas gavetas. Organizei minhas contas, meus documentos, coloquei cada coisa em seu devido lugar: numa gaveta, objetos que me protegem e fazem bem (remédios, terços, patuás, a carteirinha da academia que não freqüento); na do meio, coisas que me fazem bela (maquiagem, material de manicure, espelho); na da direita, coisas que me ajudam a produzir (canetas, lápis, apontador, cds de dados, clipes, bloquinhos, adesivos e meu carimbo de sapinho). Nas gavetas maiores, trabalho x diversão: de um lado textos técnicos, do outro revista Cláudia e Boa Forma.

Nas gavetas abaixo da cama coloquei a pasta de documentos, finalmente organizada. Joguei fora papéis velhos, inúteis, caixas que amontoavam meu guarda-roupa.

Coloquei minhas bijuterias em caixas maiores e mais bonitas, meus badulaques de cabelo numa caixinha especial que ainda vou decorar com minhas colagens e pinturas (não sei quando!).

Interessante observar como eu guardava coisas que absolutamente não me servem, e que estavam lá simplesmente porque eu nunca havia decidido jogá-las fora. Por outro lado, alguns objetos ainda têm sua função, e não vão ser dispensados tão cedo...

Quem entra no meu quarto quase não vê diferença. Por fora ele é o mesmo. Inclusive ainda há bagunça em cima da mesa. Feliz ou infelizmente, ainda não tenho espaço suficiente para guardar meus livros sem que o quarto fique bagunçado.

No entanto por dentro há uma sensível diferença.

Sempre ouvi dizer que organizar os objetos é uma boa oportunidade para organizar a própria vida. E sei que estava protelando essa organização (ou essas) há um bom tempo. Desfazer de energias acumuladas, desatravancar a vida, separar o joio do trigo, o que fica e o que vai, determinar como fica o que fica.

Momento interessante este, da minha vida...

5 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Vivi...

Eu hoje estava fazendo uma caminhada e pensando exatamente sobre essa necessidade de descartar coisas. Pensei que na vida a gente tem que se engajar o máximo possível no momento presente. Acho que jogar coisas fora, seja concreta ou abstratamente falando, ajuda a gente a estar mais presente, sabe? Achei muito inteligente essa sua iniciativa e, claro, vou imitar!

Um abraço.

Vivi disse...

Carminha,
eu tenho uma dificuldade incrível de me desvencilhar de coisas que já passaram. Confesso que para mim é realmente um grande esforço jogá-las fora sem pensar "e se eu vier a precisar disso?". Assim como tenho muitos planos para adquirir outras... O presente é meio complicado pra mim, requer um exercício diário!
Boa sorte na sua sessão "Joga fora no lixo"!
Beijos

Johnn. disse...

eu sempre vejo e acho cada coisa quando paro pra arrumar minhas coisas.

coisas de que eu nem me lembrava.

Vivi disse...

Você é feliz, Johnnatan! Eu me lembro de cada tralha que guardo! Quisera eu não me lembrar delas...
Um beijo!

Jacinta Dantas disse...

Olá,

Passeando por aqui gostei do que li. Fico pensando que com coisas não tenho tanta dificuldade de jogá-las fora, mas quanto a fatos passados. Ih!!! por vezes é bastante difícil. Mas vou por aí, seguindo meu rumo...
Parabéns pelo espaço. É legal que possamos trocar bons ventos.

Jacinta Dantas