12 outubro 2007

Eu confio?



Feriado, finalmente algum tempo em casa e, melhor ainda: sozinha. Quando se passa cada hora do dia com outra pessoa (ou outras), um tempinho de solidão vale ouro...

Na minha solidão, coloquei no dvd o filme Premonições, com Sandra Bullock. Meus amigos sabem o quanto filmes me fazem pensar sobre minha vida (algumas vezes até estimulam algumas decisões). Com este não foi diferente.

O filme conta a história de Linda, uma dona de casa, mãe de duas meninas, casada há alguns anos com o homem que ama, mas com quem já não tem uma relação próxima. Um dia Linda acorda e recebe a notícia que seu marido morreu. No dia seguinte ele não está morto... Ao perceber que está vivendo os dias fora de ordem, Linda se vê diante de um problema: tentar evitar a morte do marido e construir uma nova relação com ele ou deixá-lo morrer e viver a partir daí uma nova vida?

Linda sabe o que vai acontecer, e sabe mais ou menos quando. Sabe que do jeito que estava vivendo não quer mais continuar. Não sabe o que pode acontecer depois: se será feliz, se dará conta sozinha, se conseguirá viver diferente, um novo relacionamento. Sabe que o que viveu no passado não pode voltar a acontecer, os tempos agora são outros. Mas como ela gostaria que fosse possível!

Não quero fazer spoiller, e acho até que não seria, já que o filme não é tão recente. Enfim, Linda abre o jogo com o marido, que então muda alguns aspectos em sua maneira de se relacionar com Linda, toma algumas decisões que preservam a relação e que garantem o futuro deles.

O filme fala de cuidar do presente, do agora. Mudar agora a relação com o outro, com o mundo, com a própria vida. Talvez isso não mude o que está para acontecer, mas mude a maneira de vivenciar o caminho até lá e, quem sabe, plantar algo diferente para o futuro.

Isso está borbulhando na minha cabeça, no meu coração. Será que ainda há o que fazer? Será que o evento é mesmo inevitável? Que tipo de coisa diferente pode ser plantado para o futuro? Tenho tanto medo que só consigo pensar no pior.

Preciso de mais fé...

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