10 outubro 2007

Sentir com outros



Amenizado o incômodo com a tal pulga atrás da orelha de ontem (na verdade, liguei o f.... para ela e quem tratou de colocá-la lá), volto aqui para dizer o que já queria antes: sobre o amor que sinto por algumas pessoas. Citarei alguns exemplos:

No último domingo recebi a notícia da vitória do André no Festival do CCAA, em Belém. Ele e sua banda Bate a Campa concorriam com várias bandas (não sei ao certo quantas, quase 20) a um prêmio muito significativo: a possibilidade de gravar um cd! E o André venceu! Fiquei super feliz por isso, por tudo o que essa vitória representa na carreira do André, na realização de um sonho que, como já disse antes, é lindo. O André é um músico super talentoso, merece tal realização.

Pude observar, a partir da minha reação a uma conquista que é do André, que é, sim, possível ser solidário na felicidade alheia. Não sei se a palavra é exatamente essa. Deixe-me explicar melhor... Neste caso específico, não sei em que medida a vitória produz mudanças em minha vida. Nada indica que a partir desse prêmio ele estará mais próximo ou mais distante de mim, ou seja: não tenho nada a ganhar com isso. No entanto fiquei feliz como se fosse eu mesma a vencedora.

É isso, talvez a palavra correta seja empatia, e não solidariedade.

É o que ocorre quando fico preocupada diante das buscas da Chris por bem estar; quando sinto dor quando leio os relatos de solidão da Mi (aliás, já até chorei junto com a Mi ouvindo-a contar seus sentimentos. Lembra, Mi?); quando me enchi de felicidade ao ver os olhos apertadinhos da Kaori se apertarem ainda mais pelo enorme sorriso no rosto, durante seu casamento; quando senti um enorme bem estar ao ver Carmen cantando para seu amado, realizada, na festa de casamento mais internacional e musical que já vi...

E muitos outros etcs!

A empatia é uma habilidade que o psicólogo precisa desenvolver, para que possa realizar bem seu trabalho. Ao se colocar no lugar do outro (entrando em contato com as contingências que controlam o comportamento do outro) estando ao mesmo tempo no seu próprio lugar, o psicólogo consegue se aproximar do que esse outro sente e buscar referências externas para o próximo passo a seguir.

Sei que essa é uma habilidade que não é exclusiva do psicólogo, mas essencial para ele. E sei também que não sou psicóloga em tempo integral. Mas uma coisa é certa: sou empática em tempo quase integral...
Obs: Buscando imagens para ilustrar este post, descobri um outro blog falando coisas muito semelhantes sobre empatia!
Imagem: Nela Vicente - Empatia

3 comentários:

APPedrosa disse...

Oi Vivi,

obrigada pela visita. Volte sempre ao Escritos (www.escritosaovento.blogspot.com).
Seu blog também está muito legal. Adorei esse texto sobre compartilhar sentimentos. É muito bom quando a gente pode ficar feliz com o sorriso de alguém, chorar junto ou fazer parar de chorar. E muito bom quando alguém faz isso por nós.
Abraços
Ana Paula

Anônimo disse...

Vi... ai, ai! Nem sei o que digo! Gosto do que escreve... sempre! Assim, conheço cada vez mais, você. Mas não pensava que você, em algum momento, me citaria em seus textos. Fico emocionada! Bom fazer parte da sua vida, bom que faz parte da minha! Um beijo carinhoso! Chris

Vivi disse...

Ana Paula,
bom te ver por aqui! Compartilhar sentimentos é mesmo muito bom. A gente faz um pouco isso quando escreve em blogs, não é? Mas neste momento estamos mostrando os nossos. É muito bom poder sentir os sentimentos dos outros e, como você disse, fazer alguma coisa com/por essas pessoas queridas.
Obrigada por sua visita!

Chris,
Você conseguiu comentar! Parabéns! :) Meu blog funciona assim mesmo, como um instrumento para que me conheçam melhor. Você já me conhece bastante! E faz parte, sim, da minha vida! Espero que por muito tempo!
Um beijo!